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Guia do Café

SPECIALE APRESENTA

A história do café

A história do café

O café é originário das terras altas da Etiópia, na África, em um local chamado Kaffa. Seu cultivo se estendeu primeiro na Arábia, onde os manuscritos mais antigos mencionando a cultura do café datam de 575, no Iêmen.

 

O conhecimento dos efeitos do café disseminou-se e no século XVI o fruto foi levado à península arábica, sendo torrado para se transformar em bebida pela primeira vez na Pérsia. Em 1475, surgiu em Constantinopla a primeira loja de café, produto que, para se espalhar pelo mundo, se beneficiou primeiro da expansão do Islã e, em seguida, do desenvolvimento dos negócios proporcionado pelos descobrimentos.

 

Por volta de 1570, o café foi introduzido em Veneza na Itália, mas a bebida, considerada maometana, era proibida aos cristãos e somente foi liberada após o papa Clemente VIII prová-la. Na Inglaterra, em 1652, foi aberta a primeira casa de café da Europa ocidental, seguida da Itália dois anos depois. Em 1672, coube a Paris inaugurar a sua primeira casa de café.

 

Na sua peregrinação pelo mundo o café chegou a Java, alcançando posteriormente os Países Baixos e, graças ao dinamismo do comércio marítimo holandês executado pela Companhia das Índias Ocidentais, o café foi introduzido no Novo Mundo, espalhando-se pelas Guianas, Martinica, São Domingos, Porto Rico e Cuba.

Em 1727, o sargento-mor Francisco de Melo Palheta, a pedido do governador do Estado do Grão-Pará, lançou-se numa missão para conseguir mudas de café, produto que já tinha grande valor comercial. Para isso, fez uma viagem à Guiana Francesa e lá se aproximou da esposa do governador da capital, Caiena.

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Da África para o Brasil, do Brasil para o mundo

Conquistada sua confiança, conseguiu dela uma muda de café-arábico, que foi trazida clandestinamente para o Brasil. O desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe mudas do Pará para a Região Sudeste e as cultivou no Rio de Janeiro, local onde teve grande sucesso.

 

O negócio do café começou, assim, a desenvolver-se de tal forma que se tornou a mais importante fonte de receitas do Brasil e de divisas externas durante muitos anos a partir da década de 1850. Em 1860, por exemplo, o Brasil correspondia a 60% da produção mundial de café. O sucesso da produção cafeeira no Rio foi tão grande que derrubou os preços do café no mundo inteiro, popularizando a bebida, até então considerada um artigo de luxo.

 

No final do Império, devido ao esgotamento do solo no sul do Rio de Janeiro (Vale do Paraíba fluminense), a produção cafeeira se deslocou para o norte do estado do Rio (municípios de Itaperuna e Cantagalo) e, especialmente, para São Paulo e para a Zona da Mata mineira. Assim, no início do século XX, a produção paulista e mineira acaba por superar a produção cafeeira do Rio de Janeiro.

O que é café arábica?

O que é café arábica?

O café é o fruto do cafeeiro, um arbusto que pertence à família botânica das Rubiáceas, cujo gênero é denominado Coffea, com inúmeras espécies, sendo uma delas a Coffea arabica.

 

Coffea arabica é uma espécie de café natural da Arábia ou da Etiópia, supostamente uma das primeiras espécies de café a ser cultivada. A espécie Coffea arabica produz cafés de qualidade, finos e requintados, e possui aroma intenso e os mais diversos sabores, com inúmeras variações de corpo e acidez.

 

As suas variedades e subvariedades trazem características específicas em aroma e doçura, com variações em acidez, corpo e sabor, dependendo da mistura de grãos. Suas variações de grãos podem produzir cafés fortes, suaves, equilibrados e intensos, dependendo do seu cultivo e processos de fabricação, bem como a região de origem, subvariedades e processos de pós-colheita.

 

A espécie arábica caracteriza-se por frutos ovais mais finos, que amadurecem entre 7 e 9 meses, com muitas variedades. A planta é mais sensível e mais sujeita a pragas e intempéries devido ao seu formato, por isso exige um manuseio mais cuidadoso, desde a lavoura, secagem, até o ensacamento para a comercialização.

Além disso, os pés de café precisam ser cultivados em altitudes superiores a 800m, onde as temperaturas são mais amenas e as condições ideias para uma produção de qualidade superior.

 

A sua colheita também é diferenciada, pois é bastante seletiva e manual, fazendo com que o café de grãos seja o de maior valor de mercado. Por isso o café arábica é famoso por ser um grão especial, de maior complexidade no cultivo, com diversas notas de aromas intensos e sabores bastante variados, assim como níveis de corpo e acidez.

 

Em 2020, Minas Gerais era o maior produtor de café arábica do país, com 74% do total nacional (1,9 milhão de toneladas, ou 31,2 milhões de sacas de 60kg).

 

Atualmente, a espécie é cultivada no mundo todo, na maioria das plantações de café, mas no Brasil, a sua produção está mais concentrada em Minas Gerais, que detém cerca de 50% da produção do país.

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Coffea Arabica: a espécie que é sinônimo de qualidade

12 benefícios do café

1

Acelera o metabolismo e queima calorias

4

Fortalece a memória e protege contra o Alzheimer

7

Previne e diminui o diabetes

10

Diminui pedras nos rins

3

Combate e diminui o risco de depressão

6

Afasta problemas cardíacos e fortalece o coração

9

Reduz o risco de AVC e esclerose múltipla

12

É anti-inflamatório e protege contra danos causados pelo sol

12 benefícios do café

2

Aumenta a expectativa de vida

5

Dá energia e garante mais atenção ao volante

8

Alivia os sintomas do mal de Parkinson

11

Evita problemas respiratórios

Café em grãos ou moído?

Café em grãos ou moído?

Essa dúvida é bem simples de responder e de entender. Imagine uma cápsula, ela é totalmente fechada para manter todas as substâncias e suas características lacradas lá dentro. A partir do momento que abrimos uma cápsula, essas substâncias começam a perder suas características e se modificarem por estarem em contato com o ambiente.

 

O grão de café funciona exatamente como uma cápsula. Todas as substâncias do café, como seus ácidos graxos, óleos, aromas, etc., estão transformados e armazenados dentro do grão já torrado. A partir do momento que moemos esse grão, essas substâncias e suas características ficam soltas e começam a se transformar. Quanto antes fazermos nosso café após moído, mais aproveitaremos tudo dele. Quanto mais tempo levar para fazermos o café após moído, menos dessas características teremos.

 

Café em grão sempre será a melhor opção! Moer o café no momento de faze-lo é a melhor forma de aproveitar tudo que ele tem para lhe proporcionar. Mas, caso não tenha essa possiblidade, opte por comprar cafés moídos com o menor tempo possível de produção. Novamente, quanto mais próximo da moagem o café for feito, mais você o aproveitará!

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Dicas para preparar seu café

Escolha um método de extração que irá proporcionar o resultado que você deseja

Tenha um café com moagem específica para o método escolhido

Uma proporção “coringa” entre café e água é de 10g de café para 100ml de água

O ideal é usar água filtrada com temperatura a 90°C ou mais

Se o café for de alta qualidade não precisará adicionar açúcar

Consuma de imediato, já que o café “guardado” oxida e perde qualidade

Dicas para preparar seu café
Melhor método de preparo

Qual o melhor método de preparo do café?

Na verdade, não existe um método que seja melhor que o outro. Cada um possui características próprias de extração que no final irá trazer diferentes resultados na sua xícara. 


Por exemplo: se você utilizar o mesmo café na Prensa Francesa e na Hario V60 irá ter, respectivamente, um café mais encorpado e um café mais suave.

Isso acontece porque a Prensa Francesa mantém o café em contato com a água por mais tempo, tendo uma longa extração, e a Hario V60 por menos tempo, tendo uma extração mais rápida.

 
Sendo assim, o interessante é estar sempre experimentando formas variadas de extração do seu café para ter sempre uma experiência nova.

Coador

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Esse é o método mais usado pelo povo brasileiro. Sendo filtro de papel ou filtro de pano, o coador é encontrado na maioria das casas no Brasil.

 

É um método que pede uma moagem média-fina com uma torra média para que o café ganhe corpo e tenha suas características destacadas no tempo de extração.

 

É aconselhado escaldar o filtro antes de coar para que qualquer outro sabor que contenha ali não seja passado para o seu café.

 

Uma proporção boa para fazer um teste de sabor seria 10g de café para cada 150ml de água.

Moagem recomendada

Média-fina

Torra recomendada

Todas

Dose recomendada

10g de café para 150ml de água

Expresso

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Foi criado e desenvolvido na Itália no início do século XX. É um método de preparar café através da passagem de água quente (não fervente) sob alta pressão pelo café moído.

 

Possui alguns tipos diferentes, como o curto, o longo, o duplo, entre outros. O resultado do processo de extração sob alta pressão é a concentração de todos os sabores e substâncias numa xícara de café expresso.

 

Devido a essa concentração de componentes, o café expresso é muito utilizado como ingrediente em outras bebidas à base de café, como caffellatte e cappuccino.

Moagem recomendada

Fina

Torra recomendada

Média ou escura

Dose recomendada

8g de café para 50/60ml de extração

Cafeteira italiana (moka)

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A cafeteira italiana ou cafeteira moka é uma cafeteira à pressão que elabora o café por meio de vapor de água.

 

É popular na Europa e existe em diferentes tamanhos, que podem preparar entre 1 e 18 xícaras de 50 ml.

 

Possui três partes: a câmara de pressão, onde é colocada a água, o filtro em forma de funil, onde é colocado o café, e o coletor, onde o café irá cair após coado.

Moagem recomendada

Média

Torra recomendada

Média ou escura

Dose recomendada

10g de café para cada 100ml de água

Prensa francesa

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A Prensa francesa é um método que extrai o café sob alta infusão, já que o café moído fica mergulhado/imerso na água quente por cerca de 2 a 4 minutos.

 

Isso faz com que o resultado traga alta complexidade pela grande extração que acontece, obtendo assim um café bem encorpado e com suas características acentuadas.

 

Moagem grossa é essencial para que não haja extração demasiada no processo. Um método que existe desde os anos de 1850 e que até hoje é muito usado no mundo todo.

Moagem recomendada

Grossa

Torra recomendada

Clara ou média

Dose recomendada

10g de café para 150ml de água

Café ideal para mim

Qual é o café ideal para mim?

Assim como não existe um método ideal ou melhor que o outro, também não existe um café ideal. Cada café possui características próprias que podem ou não agradar quem o consome.

 

Pessoas com menor desejo por acidez podem não gostar de cafés de torra clara ou frutados, já que sua tendência é possuir uma acidez mais acentuada, se adaptando assim a cafés mais encorpados, com torra média ou escura.

 

Há pessoas que procuram cafés mais suaves e com alto teor de doçura, como também existem pessoas que procuram cafés mais adstringentes, marcantes. 

Para quem ainda não sabe o que realmente agrada seu paladar, recomendamos que experimente variados tipos de cafés e variadas formas de preparos para que passe a conhecer tudo o que esse maravilhoso mundo pode proporcionar e assim chegar a um padrão de características que mais agrade seu paladar.

 

Mas atenção: avisamos que fazer isso é muito arriscado! Após entrar nesse gigante e complexo mundo dos cafés, a chance de sair dele e de não se apaixonar é quase nula.

 

Quando o café invade nosso dia a dia e começamos a nos aprofundar em complexidades, sabores, características, prazeres, a paixão é quase instantânea e isso será levado conosco pelo resto de nossas vidas.

Conheça os cafés Speciale

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